A Apple iniciou a sua aposta nos cartões SIM digitais com o iPhone 14 nos EUA, removendo por completo a bandeja SIM física. Essa abordagem continuou com os iPhone 15 e iPhone 16, mas apenas em mercados limitados, principalmente nos Estados Unidos.
Com a linha iPhone 17 (lançamento previsto para setembro de 2025), a Apple prepara-se para expandir pela primeira vez os dispositivos apenas com eSIM para a Europa e outras regiões. Relatos indicam que o pessoal de retalho em toda a UE está a receber formação específica sobre eSIM antes do lançamento, sinal de que alguns modelos do iPhone 17 chegarão sem ranhura SIM.
O próximo passo da Apple na transição para o eSIM: o que isto significa para os utilizadores de iPhone
Para os consumidores, esta mudança traz tanto conveniência como desafios.
- Conveniência: o eSIM permite ativação imediata através de código QR ou app do operador, armazenamento de várias linhas e maior segurança em caso de perda ou roubo do telefone.
- Desafios: mudar de telefone ou de operador pode tornar-se mais complicado, sobretudo para viajantes frequentes que dependem de cartões SIM físicos no estrangeiro. A disponibilidade de planos eSIM também varia de país para país e de operador para operador, o que pode limitar as opções em mercados mais pequenos.
Nem todos os modelos são iguais
De acordo com fugas de informação, o iPhone 17 Air, um novo modelo ultrafino, será apenas com eSIM a nível global devido ao seu design esguio. Espera-se que os modelos padrão do iPhone 17 sigam o mesmo caminho na Europa.
Entretanto, o iPhone 17 Pro e Pro Max poderão continuar a incluir bandejas SIM em algumas regiões — sobretudo em mercados como a China, onde o dual-SIM (cartão físico + eSIM) continua a ser o padrão e os requisitos regulatórios são diferentes.
Porque é que a Apple aposta tudo no eSIM
A aposta da Apple no eSIM insere-se na sua estratégia mais ampla de design de hardware simplificado e maior controlo do ecossistema. A remoção da bandeja SIM liberta espaço para baterias e componentes, ao mesmo tempo que incentiva os operadores a acelerar a adoção do eSIM.
Para a Apple, esta mudança reduz a complexidade de fabrico e aproxima os utilizadores de uma experiência iPhone digital-first, onde a mudança de operador, o roaming e a configuração acontecem inteiramente via software.
Como os consumidores se podem preparar
- Verifica o suporte do operador: nem todos os operadores no mundo suportam totalmente o eSIM. Confirma a compatibilidade antes de mudares de equipamento.
- Instala antecipadamente: se fores viajar, descarrega e ativa os perfis eSIM ainda antes de sair do teu país.
- Considera uma configuração dupla: alguns utilizadores podem manter um eSIM principal do operador e usar apps de eSIM de viagem (Airalo, Holafly, Nomad, etc.) para dados internacionais.
Em resumo
O iPhone 17 marca a primeira expansão global dos dispositivos apenas com eSIM da Apple, com a Europa na linha da frente. Embora os modelos Pro possam manter a bandeja SIM em certas regiões, tendência é clara: a ranhura SIM está prestes a desaparecer.